quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cama vazia...

Não consigo suportar uma cama vazia... Antes se tinha a desculpa de chegar cedo em casa por causa disso ou por causa daquilo, aquecíamos nossa cama, mas no final, só restávamos eu e o cobertor. Tempos vão...tempos vêm. Não consigo me acostumar com essa incerteza, de me deliciar só na mesa, sem nenhum real prazer. O que está acontecendo? Tu não me desejas? Problemas vêm à mesa? Cansaço te corteja? Ou não me amas mais? Desilusão sofrida... enlouquece minha vida; cria logo uma ferida; que parece não curar jamais. Eu, que nem um cachorro no cio; ao teu lado fico vadio; querendo em teu corpo entrar... Tu, em nada se desperta; ficas de boca aberta; vendo meu fogo apagar. Incerteza, indecisão; sempre me deixam na mão, faz-me sair sem noção, querendo em outro corpo entrar. Paro, me acalmo, reflito; ouço a voz do próprio grito; pedindo pra não te enganar. Continuar nessa insatisfação, de viver sempre na mão, cortando meu meu coração, isso já não aguento mais. Paro, me acalmo, reflito, digo tudo que sinto, ouço meu próprio grito, jogo tudo pro ar. Saio chorando arrasado, me animo, pois vejo algo, Uns olhos verdes apaixonado, em minha cama vem deitar.

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